Ilha Teresa
Ilha Teresa
Richard Zimler | 2011
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Bertrand | Wook | Amazon no Brasil
ILHA TERESA conta-nos num estilo inteligente, irreverente e com uma certa dose de humor negro a história de Teresa, uma rapariga de 15 anos, sensível e espirituosa, cuja estabilidade e sentido de identidade se vê posta em causa quando a sua família deixa Lisboa para ir viver nos subúrbios de Nova Iorque. Não estando preparada para a vida na América, com dificuldades para se exprimir em inglês, Teresa encontra refúgio no seu particular sentido de humor e no seu único amigo, Angel, um rapaz brasileiro de 16 anos, bonito, mas desastrado, que adora John Lennon e a sua música. O mundo de Teresa desmorona-se completamente, porém, quando o pai morre e a deixa, a ela e ao irmão mais novo, sozinha com uma mãe negligente e consumista compulsiva.
Vendo-se presa na armadilha de uma vida que nunca desejara e que não consegue controlar, Teresa começa a beber. As notas dela na escola ressentem-se, e o seu comportamento errático vale-lhe a expulsão da equipa de basquetebol feminino. Quando Angel é violentamente atacado por outros alunos da escola por ser gay e foge para Manhattan, Teresa sente-se abandonada e a braços com os seus medos e a sua desesperança, e decide enveredar pela única saída que consegue ver para a sua situação desesperada. Lamenta apenas deixar sozinho o irmão Pedro, que prometera proteger e cujo único apoio é a irmã mais velha. Os problemas de Teresa confluem para um clímax de desespero no dia 8 de Dezembro de 2009 – aniversário da morte de John Lennon – quando ela e Angel participam numa homenagem a Lennon junto ao Memorial Strawberry Fields Forever, no Central Park de Nova Iorque. É aí que Teresa toma conhecimento de um terrível acontecimento que nunca poderia ter previsto e que a devolve à vida e ao amor.
AVALIAÇÕES
«Num registo bastante diferente do que tem habituado os seus leitores, Zimler constrói uma história verosímil – onde nem faltam menções a assuntos da atualidade noticiosa como o processo Casa Pia ou a anteriores romances seus como Os Anagramas de Varsóvia – que agarra o leitor desde as primeiras páginas.» — Ana Paula Gouveia
«Teresa é a metáfora que serve a Zimler para falar da diferença e do estigma. [.. ]E a “Ilha Teresa” não é mais do que Teresa, do princípio do fim, no seu de isolamento, no modo de interpelar o que a rodeia. Sarcástica, cruel, inconformada, irmã protectora do pequeno Pedro, de sete anos. Teresa que não entende e quer entender tanta coisa, uma personagem feminina de uma densidade capaz de a fazer sobreviver a um romance marcado pela sensibilidade e a sensação de partilha de algo proibido de tão íntimo que é. Nós temos o privilégio de entrar nessa intimidade através da voz do inconfessável, a voz de Teresa. Como cúmplices de um segredo. Amargo e cheio de ironia.» —Isabel Lucas, Diário Económico